Power (2020)

Por André Dick

A Netflix tem feito alguns exemplares de filmes de ação talvez tentando abrir espaço para franquias na plataforma. Um deles foi Bright, com Will Smith e Joel Edgerton, cuja sequência foi anunciada, mas ainda não aconteceu, o recente The old guard, com Charlize Theron, e agora Power, com Jamie Foxx no papel de um ex-soldado, Art, que fez parte dos experimentos de uma substância chamada Power – premissa que tem muito de RoboCop II, a sequência negligenciada do sucesso dos anos 80 com roteiro de Frank Miller.
Ele está atrás de pessoas lideradas por Biggie (Rodrigo Santoro). que sequestram sua filha Tracy (Kyanna Simpson) e lidam com a Power, envolta numa cápsula dourada, no submundo, Tudo acontece em Nova Orleans, e esta droga está sendo experimentada em comunidades pobres logo após a passagem do furacão Katrina.

Ao mesmo tempo, o policial Frank Shaver (Joseph Gordon-Levitt) tem contato com uma traficante, Robin Reilly (Dominique Fishback), uma estudante que pretende ser rapper, da qual compra a droga como elemento para se tornar quase invencível, principalmente à prova de tiros. Robin tem contato com o primo Newt (Colson Baker), que guarda também um segredo. No caminho, Frank conhece Art – e isso basta para se imaginar o restante da trama. A história circula em torno desses três personagens, com a aparição esporádica do vilão feito por Santoro, retomando esta faceta depois dos dois 300 e novamente sem aproveitar seu potencial como ator, principalmente por causa do roteiro.
Power apresenta alguns elementos oitentistas, principalmente no visual, e sua parte técnica oscila entre efeitos visuais e CGI bastante precários e um design de produção colorido e atrativo, com certo jogo de luzes que remete aos trabalhos de Tony Scott. As transformações ocasionadas pela droga especialmente guardam alguns momentos que poderiam ser visualmente melhor tratados, no entanto se sentem como uma espécie de efeito semelhante ao do personagem Hulk da Marvel, sem o mesmo cuidado. O que importa para os diretores Henry Joost e Ariel Schulman, desde o início, é focar numa trama frágil, direta, sem subtramas: Power segue em linha reta do início ao fim, sem tentativa de dar uma complexidade a sua figuras, mas colocando-as como protótipos de filmes de ação que não se incomodam com o lugar-comum.

Joost e Schulman já haviam ingressado nesse estilo na crítica aos jogos Nerve, com Emma Roberts e Dave Franco, numa metrópole que não se importava para o destino de vários jovens, apenas em apostas que os envolviam. Como nesse filme, Power tem uma crítica social implícita em cada movimento, contudo pelo tom nervoso e de filmagem feita às pressas, apesar de um orçamento respeitável (em torno de 85 milhões de dólares), principalmente no seu início caótico, nunca se sente devidamente fechado e com cortes tão abruptos quanto aqueles que os diretores fazem em Atividade paranormal 4.
Foxx é um ator muito preparado para este tipo de papel, como já mostrou em Django livre e Colateral, e Gordon-Levitt já fez um papel parecido em Batman – O cavaleiro das trevas ressurge. Recentemente, ele fez o papel de um piloto de avião envolvido numa situação complicada, em 7500. No entanto, a narrativa não consegue desenvolver o que seria uma interação mais interessante, a não ser quando está em cena Fishback, com um personagem que parece deslocado, mas traz certa humanidade ao contexto, e Power acaba terminando quando mais começa a se tornar interessante, em sequências que evocam bastante Máquina mortífera II, talvez visando uma sequência que possivelmente acontecerá.

Project Power, EUA, 2020 Diretor: Henry Joost e Ariel Schulman Elenco: Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt, Dominique Fishback, Rodrigo Santoro, Colson Baker, Allen Maldonado, Amy Landecker, Courtney B. Vance Roteiro: Mattson Tomlin Fotografia: Michael Simmonds Trilha Sonora: Joseph Trapanese Produção: Eric Newman e Bryan Unkeless Duração: 114 min. Estúdio: Screen Arcade, Supermarche Distribuidora: Netflix

Turma da Mônica – Laços (2019)

Por André Dick

O cinema brasileiro naturalmente busca dialogar com a tendência de adaptações de quadrinhos e animações para o cinema. Nos anos 90, houve a versão em filme do livro de Menino maluquinho, com tom infantojuvenil, também presente em sua sequência, e agora há a adaptação da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa, nesta obra dirigida por Daniel Rezende. Conhecido por ser um exímio editor, de filmes como Cidade de Deus, A árvore da vida, Na estrada, Tropa de elite e RobCop (ou seja, uma trajetória de talento comprovado), Rezende estreou como diretor em Bingo – O rei das manhãs. Dono de uma visão interessante, com visual apegado ao jogo de cores, Rezende fez de Bingo um sucesso, embora seja mais do que superestimado, baseado na exitosa atuação de Vladimir Brichta.

Este novo experimento dele, no universo infantil, possui como base personagens que marcaram a infância de milhões de brasileiros. Temos Cebolinha (Kevin Vechiatto) e Cascão (Gabriel Moreira) fazendo brincadeiras em seu bairro e sendo perseguidos por Mônica (Giulia Benite) e seu coelho Sansão – e eventualmente com a amiga Magali (Laura Rauseo). Esses personagens têm características definidas: Cebolinha troca o “r” pelo “l”, Mônica costuma ficar irritada quando provocada por ele, Cascão não gosta de tomar banho e Magali se alimenta compulsivamente. Tudo isso poderia soar exageradamente rotulável ou mesmo sem vida necessária no filme. Não é o que acontece. Turma da Mônica – Laços é o tipo de filme que possui um coração definido, e ele está exatamente em imagens e passeios que remetem à infância. Rezende utiliza a extraordinária fotografia de Azul Serra para fazer um diálogo dela com os figurinos dos personagens e deixar a imagem de modo geral alaranjada, com um aspecto de infância eterna e de certa melancolia. Seu trabalho tem como base evidente o de Bruno Delbonell para Jeunet em O fabuloso destino de Amélie Poulain, embora menos saturado.

Os pais dos personagens ficam alheios às aventuras, e só se preocupam quando eles desparecem à procura de Floquinho, o cão de Cebolinha, que aqui parece pintado com spray verde.  Os principais são o Sr. Cebola da Silva (Paulo Vilhena) e Dona Cebola (Fafá Rennó), Onde está Floquinho? O que teria acontecido com ele? O roteiro, escrito por Thiago Dottori, baseado em história de Vitor Cafaggi, Lu Caffagi e Mauricio de Sousa, se baseia nessa premissa que dialoga com Super 8 para desenvolver a amizade entre os integrantes da turma, quando ingressam na mata à procura de um sequestrador. Turma da Mônica – Laços não procura exatamente subtramas e envolvimento de muitos personagens, embora haja a participação curiosa de Rodrigo Santoro em determinado momento, e sim apenas um elo essencial sobre o que é importante na infância, nesse caso o cão que faz companhia à turma e à família. Trata-se obviamente de um caminho que não renderia um filme interessante, mas Rezende está tão certo de que seus personagens conversam com a plateia que ele não tem essa preocupação. Um acampamento noturno dos amigos tem uma atmosfera de perigo e, ao mesmo tempo, acolhedora, e o amanhecer em meio às árvores desperta um sentimento de que a infância vai se desapegando da casa para um conhecimento de mundo, no que dialoga com uma determinada sequência do belo Conta comigo, dos anos 80.

Com atores não excelentes, mas convincentes, Turma da Mônica tem seu elo de ligação principal em Mônica, feita por Giulia Benite, e Cebolinha, feito por Kevin Vechiatto. São eles que acabam traduzindo essa sensação de que os quadrinhos ganham vida na tela, junto com a fotografia em conversa com o design de produção de Cassio Amarante (Central do Brasil, Abril despedaçado, Bingo e As melhores coisas do mundo) que reproduz o Bairro do Limoeiro como uma espécie de viagem a um lugar reconhecível e distante, com suas enormes árvores, além do uso das cores dos figurinos dos personagens nas casas, carros, bicicletas e objetos de casa. E é evidente que Rezende recolhe alguns toques dos gramados da casa que deram tanto êxito a Terrence Malick em sua obra-prima A árvore da vida sob um enfoque mais infantojuvenil, mas que também irá agradar a plateia adulta. A sensação é de ver uma história sem época definida, ou melhor, a sua época é a da infância universal.

Turma da Mônica – Laços, BRA, 2019 Diretor: Daniel Rezende Elenco: Kevin Vechiatto, Giulia Benite, Gabriel Moreira, Laura Rauseo, Paulo Vilhena, Fafá Rennó, Rodrigo Santoro Roteiro: Thiago Dottori Fotografia: Azul Serra Produção Bianca Villar, Cássio Pardini, Charles Miranda, Cao Quintas, Karen Castanho, Fernando Fraiha Duração: 97 min. Estúdio: Biônica Filmes, Quintal Digital, Latina Estúdio, Maurício de Sousa,  Produções Paris Filmes Distribuidora: Paris Filmes, Downtown Filmes

Walter Salles: cinema na estrada

Por André Dick

Nascido no Rio de Janeiro, em 1956, Walter Salles, com seu cinema na estrada, demonstrou talento já em A grande arte (1991), seu primeiro e interessante filme, produção pioneira no Brasil, com orçamento de 5 milhões de dólares, falada em três línguas (inglesa, portuguesa e espanhola) e de muito impacto. O diretor vinha de trabalhos de marketing e documentários, o que explica as belas imagens que conduzem a trama, baseada em romance de Rubem Fonseca, também responsável pela adaptação.
Tudo gira em torno do fotógrafo americano Peter Mandrake (Peter Coyote, frio e racional, sendo que seu perfil se encaixa na narrativa empregada) em estadia no Rio de Janeiro, a fim de realizar um novo livro de fotos a partir dos “surfistas de trem”. Acaba se envolvendo com uma prostituta, Gisela (Giulia Gam), assassinada logo no início da narrativa, e sua namorada, Mariet (Amanda Pays), é estuprada quando bandidos tentam obter dele um disco com informações. Resolve vingar o que aconteceu com as duas, aprendendo a lutar com facas com Hermes (Tchéky Karyo) e indo atrás de uma quadrilha de traficantes na Bolívia, liderada por um empresário brasileiro (Raul Cortez) e seu irmão (Miguel Conde).
Os personagens são bem caracterizados (o Rafael de Tonico e o Hermes de Karyo são assustadores) e a trama veloz mantém a atenção. Muitas cenas são originais (os surfistas de trem, a luta final), embora a namorada de Mandrake não convença, o que não tira os méritos do filme, que, além de sua parte técnica notável (fotografia, música, direção de arte), cumpre o que promete: um policial intelectual e de qualidade, que revela o jovem Salles como realizador (desde a sequência inicial, com a câmera se afastando de um quarto de hotel onde ocorre um assassinato até mostrar a imagem dos edifícios da cidade) e assinala o início da retomada do cinema brasileiro – que passou por uma grande crise com o término da Embrafilme.
O diretor retornou à cena em Terra estrangeira (1995), com fotografia em preto e branco, ao lado da codiretora Daniela Thomas, mostrando um jovem, Paco (Fernando Alves Pinto), com pretensões a ser ator, que, depois do falecimento do mãe, na época do plano Collor, vai para Portugal, terra de origem dela, por meio do favor de levar junto um pacote. No país estrangeiro, ele acaba por perder o pacote e conhece uma moça (Fernanda Torres), que trabalha como garçonete e namora um viciado em heroína, além de contrabandista (Alexandre Borges). Paco acaba sendo perseguido por bandidos que querem o pacote, e Walter filma uma trama a princípio simples de maneira efetiva, lançando mão de uma série de recursos visuais que remetem à nouvelle vague.

Ao mesmo tempo que o novo país é a origem de si mesmo, ele está afastado, como todas as suas pessoas, do modo de agir de Paco – o que torna sua situação em determinados momentos angustiante. Em algum sentido, o drama de Paco lembra o de Mandrake, também um estrangeiro no Brasil e em países para onde viaja. E em certo momento essa garçonete por quem Paco se apaixona é uma correspondente da prostituta cuja morte Mandrake, em A grande arte, deseja vingar a morte. Os personagens estão em movimento, enfrentando situações adversas, mas querem sair de onde estão da melhor maneira possível – mesmo que o lugar onde estejam não permita isso. São personagens bastante complexos: se a frieza de Mandrake não o imobiliza diante do assassinato da prostituta, também Paco não pretende parar sua vida.
Esses dois primeiros filmes indicavam que os elementos da cinematografia de Walter Salles amadureciam e o resultou foi Central do Brasil  (1998) que possui um tom documental, extremamente realista, baseado no cinema de Nelson Pereira dos Santos dos anos 40, aspecto bastante acentuado pela crítica. Não chegando ao limite de violência, crueldade e crueza de Pixote, de Hector Babenco, um filme brasileiro igualmente extraordinário, com contornos trágicos, Central do Brasil tem um roteiro propositadamente simples, assinado por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, mas universal, o que justifica o fato de ter ganho alguns prêmios importantes, como o Urso de Ouro, no Festival de Berlim, e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, além de ter sido indicado ao Oscar também nessa categoria.

A ligação entre Dora (Fernanda Montenegro, indicada ao Oscar, que foi injustamente para Gwyneth Paltrow, de Shakespeare apaixonado), uma escrevedora de cartas na Central do Brasil, e o menino Josué (Vinícius de Oliveira), que perdeu a mãe num acidente e quer conhecer o pai, é, no fundo, a descoberta de dois órfãos, tanto de pais quanto da pátria, sobre a realidade que os cerca. Não à toa o filme de Walter é quase um filme de estrada, como Paris, Texas, de Wim Wenders, ou Bagdad Café, de Percy Adlon. É nesse tipo de filme, afinal, que os personagens vão crescendo na medida em que viajam para longe de seus lares, encontrando a alma perdida em algum ponto de referência na estrada que os aguarda. No caso do filme de Salles, o ponto de referência é a estrada brasileira, com alguns tipos inconfundíveis. O exemplo mais bem acabado é o do caminhoneiro (Othon Bastos, excelente), religioso ao extremo, que dá carona a Dora e Josué quando ambos já não tem como comer e viajar para onde querem.
Fugindo do exílio solitário imposto pela vida, atrás de descobertas, Dora e Josué descobrem não só a si mesmos, no fim da jornada, mas também o país. País de pessoas solitárias – aspecto acentuado ainda quando a história transcorre na Central do Brasil, quando o movimento da multidão se dirigindo aos trens não arranca Dora e Josué da solidão onde estão exilados –, estradas desertas, povoados escondidos, procissões de fé, famílias desintegradas. País que pouca gente gosta de ver – embora fotografado com raro talento por Walter Carvalho – e por isso tão longe do mundo.
Com trilha musical de Jaques Morelenbaum, Central do Brasil se desenrola num cenário de feiras, reuniões espirituais, agrupamentos e povoados, enfocando a solidão do ser humano, por meio, é claro, da amizade entre a escrevedora de cartas e o garoto. Traz, portanto, um enfoque de vida universal, o que Walter demonstra por meio das figuras solitárias de A grande arte (como a do fotógrafo vivido por Peter Coyote, cujas relações femininas vão desaparecendo no decorrer da história), Terra estrangeira (os brasileiros que, no exterior, batalham tentando salvar suas vidas), além de – num escopo  mais abrangente na filmografia de Walter Salles – o Che Guevara jovem de Diários de motocicleta, a mãe recém-separada feita por Jennifer Connelly em Água negra, e o menino que sonha em ser jogador de futebol em Linha de passe.

“Filmes de estrada obrigam você a defrontar-se com o movimento. E como  dramaturgia são interessantes, porque os personagens avançam para uma área onde tudo é possível”, afirma Walter Salles, em relação não só a Central do Brasil mas a toda sua obra. O olhar de Josué, ao final de Central do Brasil, certamente é um olhar para o futuro, para o renascido cinema brasileiro. Um olhar para a descoberta de que o Brasil já não se contenta em viver exilado.
Abril despedaçado (2001) é o filme que seguiu Central do Brasil na trajetória de Walter Salles e por isso foi tão contestado. Realmente, é difícil equivaler o talento que vemos em Central do Brasil, contudo Abril consegue ser um projeto humano, bem interpretado e fotografado de maneira exata (também por Walter Carvalho). Em certo sentido, é bem mais universal do que Central. Com base num romance de Ismail Kadere, adaptado por Karim Aïnouz, mostra o conflito entre duas famílias no Sertão, em 1910, sobretudo após a morte do filho de uma delas cometido por Tonho (Rodrigo Santoro), a mando do pai, após a morte de um de seus irmãos. São duas famílias que brigam por território e poder na região. Ele tem um irmão pequeno (Ravi Ramos Lacerda) e se apaixona pelo mundo do circo quando um passa pela cidade, sobretudo por uma de suas integrantes, Clara (Flávia Marco Antônio). Walter Salles dirige com bastante sensibilidade, mostrando a descoberta dessa criança e desse jovem de um mundo violento.  Desta vez, não é um filme de estrada – que sempre impulsiona os personagens de Walter –, e sim um filme passado “na estrada”, “de passagem”, ou seja, o personagem está no meio do nada e quer ir para um lugar que o faça descobrir seus sonhos. Desta vez , trata-se de um personagem imobilizado pelo contexto, mas que deseja, mesmo assim, recompor-se para o amor e a saída. Se o desejo de Paco, em Terra estrangeira, era conhecer o lugar de onde veio a mãe, e de Josué, em Central do Brasil, de reencontrar o pai, com sua família, aqui o que Tonho deseja é um afastamento da família – embora sem ela não se daria o encontro com o universo mítico, ao final.

A grande arte, BRA/EUA, 1991 Diretor: Walter Salles Elenco: Peter Coyote, Tchéky Karyo, Amanda Pays, Raul Cortez, Giulia Gam, Tonico Pereira Produção: Paulo Carlos de Brito e Alberto Flaksman Roteiro: Matthew Chapman e Rubem Fonseca Fotografia: José Roberto Eliezer Trilha Sonora: Todd Boekelheide e Jürgen Knieper Jürgen Knieper Duração: 99 min. Distribuidora: Miramax Films

Cotação 4 estrelas

Terra estrangeira, BRA, 1995 Diretor: Daniela Thomas, Walter Salles Elenco: Alexandre Borges, Tchéky Karyo, Luís Mello, Fernando Alves Pinto, Fernanda Torres Produção: Flávio R. Tambellini, António da Cunha Telles, Paulo Dantas Roteiro: Daniela Thomas, Walter Salles, Marcos Bernstein Fotografia: Walter Carvalho Trilha Sonora: José Miguel Wisnik Duração: 100 min. Distribuidora: Não definida

Cotação 4 estrelas

Central do Brasil, BRA/FRA, 1998 Diretor: Walter Salles Elenco: Fernanda Montenegro, Marília Pêra, Vinícius de Oliveira, Othon Bastos, Otávio Augusto, Matheus Nachtergaele Produção: Martine de Clermont-Tonnerre, Arthur Cohn, Robert Redford, Walter Salles Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro, Walter Salles Fotografia: Walter Carvalho Trilha Sonora: Jacques Morelembaum, Antonio Pinto Duração: 113 min. Distribuidora: Sony Pictures Classics 

Cotação 5 estrelas

Abril despedaçado, BRA/FRA/SUI, 2001 Diretor: Walter Salles Elenco: José Dumont, Rodrigo Santoro, Rita Assemany, Luiz Carlos Vasconcelos, Ravi Ramos Lacerda, Flavia Marco Antonio, Everaldo Pontes, Othon Bastos, Wagner Moura Produção: Arthur Cohn Roteiro: Sérgio Machado, Karim Aïnouz, Daniela Thomas Fotografia: Walter Carvalho Trilha Sonora: Antônio Pinto Duração: 105 min. Distribuidora: Não definida

Cotação 4 estrelas